domingo, 14 de novembro de 2010

GRAND FINALE !!!!!!!

Parece inacreditável! Mas chegamos ao final do curso! Nem sei descrever o que realmente estou sentindo neste momento! É um estado de alívio misturado com êxtase!
Alívio porque estou cansada, saturada, por ter sido um ano muito puxado devido o estágio e a elaboração do TCC, porque nunca fiquei tantas horas em frente a um computador!!! Êxtase porque a longa jornada, que em muitos momentos parecia interminável, está praticamente no final!
Não vou descrever o que fiz em meu estágio, o que trabalhei, minhas dificuldades, descobertas, igualmente quanto ao TCC.
Não quero lembrar dos momentos que tive vontade de desistir!(porque será que isso sempre passa pela nossa cabeça??? Desistir das coisas???), pois se eu realmente tivesse desistido, hoje estaria amargamente arrependida! Sabe porque?
Por que não existe melhor sabor que o da vitória! De experienciar a sensação de ter sido capaz de algo que parecia tão difícil, tão além, tão custoso!
Este ano, em especial, serviu-me como uma prova: de resistência e persistência, pois no último ano, aquele em que não nos permitimos abandonar tudo, é justamente o mais difícil, o mais trabalhoso!
Quero lembrar dos amigos que fiz e daqueles que se transformaram em mais que amigos, dos professores que admirei e que me servem como "inspiração", dos tutores "gente fina", sempre dispostos a nos ajudar e de determinados aprendizados que me fizeram refletir sobre minha prática. O resto, é o resto!
Apesar de tudo, quando tudo isto acabar, estou ciente da falta que me fará abrir meus e-mails todos os dias, e de perceber que sou capaz de produzir e fazer muito mais! E então, pode ser o início de algo novo, uma retomada, uma continuação....rumo a outras especializações! Pois.....
"Todo sacrificio é temporário, mas as vitórias são para sempre"( Shinyashiki).

sábado, 30 de outubro de 2010

ENTRAM EM CENA: EJA E LIBRAS

No semestre 2009/2, tivemos 2 interdisciplinas desconhecidas de minha parte em termos de fundamentação teórica: Educação de Jovens e Adultos e LIBRAS.
Sem experiência alguma em ambas disciplinas, o que sabia era que elas existiam, e que pessoas, com muita força de vontade, trabalhavam tanto com jovens e adultos na EJA, como com pessoas surdas, quer sejam crianças e/ou adultos.
Digo força de vontade porque os desafios, ainda hoje, são enormes!
O jovem ou o adulto que ingressa na EJA é fruto de uma exclusão social, pois caracteriza-se por um grupo que não conseguiu concluir seus estudos no tempo previsto, por inúmeras razões, ou aquele que teve inúmeras repetências, tornando-se "adulto" para ficar entre os pequenos, tornando-se, ainda mais difícil, a adequação ao sistema escolar.
Por isto, a EJA requer um olhar diferenciado, onde as pessoas que se prontificam a trabalhar com este jovens e adultos tenham o cuidado para não "infantilizar" o ensino que lhes é apresentado, pela falta de recursos e metodologia adequados que possam servir como referencial no desenvolimento de um trabalho mais qualificado.
Como diz Paulo Freire: "A leitura de mundo precede a leitura da palavra", é preciso valorizar e respeitar os saberes dos alunos, suas vivências e leituras de mundo, suas concepções culturais e linguagem como produto de suas relações sociais.
Outro conceito novo que vimos neste semestre foi o LETRAMENTO, apontando uma diferenciação em torno da alfabetização. Enquanto a alfabetização refere-se a aquisição da leitura e escrita, o letramento faz uso das mesmas enquanto prática social. Certamente, estas concepções nos trazem um "novo olhar" a respeito de alfabetizar, pois sabemos que hoje temos uma gama de conhecimentos oriunda das mais diversas fontes. E é impossível negá-las!
Aceitar diferentes fontes de conhecimento significa repensar nosso planejamento, tornando-o objeto de nossa reflexão e ação. É preciso ter em mente o que quero com meu aluno, os caminhos que me levarão a atingir meus propósitos, bem como a análise final de todo esse processo. Com isso, certamente, terei aprendizagens mais significativas!
E falando em comunicação, pensamos numa sociedade que apresenta diferentes formas de se comunicar, modificando concepções e a própria educação. Dessa forma, voltamos a considerar em nosso meio a Língua de Sinais como uma outra forma de comunicação igualmente importante.
Hoje os surdos estão mais organizados em suas comunidades e na exigência de seus direitos, lutando pela prática de uma pedagogia surda, exigindo o professor que domine a Língua de Sinais e/ou um intérprete em sala, contribuindo, desta forma, para a construção de identidades e a verdadeira inclusão.
" O sujeito surdo deve ser percebido como um sujeito que tem uma diferença linguística e cultural, sem estigmas, sem preconceitos."
Trabalhar com estas ideias dentro da EJA e LIBRAS nos ajudou, acima de tudo, na conscientização do direito destas pessoas a um ensino de qualidade, que respeite suas concepções e limitações, pois eles também fazem parte de uma sociedade, igualmente como todos nós!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

ENTRE OS MUROS DA ESCOLA

O semestre 2009/01 para mim, também foi especial, pois ao trabalharmos com a interdisciplina de Psicologia II, descobri o tema do meu TCC:autonomia moral.
Tudo começou quando assisti ao filme: "Entre os muros da escola". Assistir a este filme constitu-ía-se em um procedimento obrigatório para a elaboração do portfólio de aprendizagens do semestre.
Este filme retratava o cotidiano de uma escola pública francesa cujos alunos, na grande maioria eram imigrantes oriundos de países africanos e asiáticos, caracterizando diferentes etnias, uma grande diversidade em sala e, consequentemente, diferentes identidades.
Diante deste "quadro", o filme explorava os inúmeros conflitos que aconteciam na relação professor e aluno, pela convivência diária e pelos princípios morais tanto do professor, como do aluno, envolvidos em cada situação, tendo-se as regras disciplinares como garantia para se manter o equilíbrio e o controle da situação.
Embora sendo uma escola francesa, acredito que todas nós, ao assistirmos o filme, nos identificamos com ele, pensando em todas as situações que vivenciamos nas escolas onde trabalhamos.O cotidiano escolar faz parte de minha vida, pois estou nele há 25 anos!
Ao refazer o portfólio, precisei ler e procurar por mais material, momento em que reli, com mais atenção, com um novo olhar, os textos de nossa tutora de Psicologia e o assunto, autonomia moral me despertou muito interesse.
Foi durante o nosso curso de Pedagogia que, pela 1ª vez, tive contato com este assunto, embora sempre tenha estudado sobre Piaget.
O fato é que na escola, nos preocupamos com o desenvolvimento cognitivo do aluno, nos esquecendo que o desenvolvimento moral também faz parte da aprendizagem, tendo como propósito maior, o pensamento autônomo.
Sabendo-se que as regras se fazem necessárias dentro do convívio social, a disciplina e o respeito à elas se dão no momento em que se tem condições e consciência de refletir e avaliar seu contexto, admitindo-as ou não, o que só é possível com o uso da razão.
Tal disciplina pode se tornar destrutiva quando levada ao excesso, onde a coação exercida não dê margem para a reflexão, criticidade, consciência para a realidade, esclarecimento.
A escola tem como função a formação de indivíduos com consciência de si e dos outros, capacidade de reflexão e criticidade, com atitudes baseadas em princípios morais.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

UM LUGAR CHAMADO ESCOLA

No segundo semestre de 2008, o foco de nossa análise foi a escola, levando-se em conta ser a mesma uma instituição pública, com sua organização e gestão, ou seja, toda uma estrutura que se faz necessária para que esta escola funcione. Aspectos estes que, em anos anteriores, ficavam à cargo da Direção Escolar.
Hoje, estamos construindo a gestão democrática! Este foi o tema norteador de duas de nossas disciplinas no semestre: Organização do Ensino Fundamental e Gestão Escolar, onde discutimos, entre outros assuntos, sobre as reivindicações, cada vez maiores, tanto por parte dos movimentos sociais e dos próprios profissionais da educação, pela busca de uma gestão escolar mais democrática.
A escola que objetiva tal gestão, procura redimensionar sua atuação abrangendo à área financeira, administrativa e pedagógica, buscando, através de suas ações, a participação social na construção das políticas educacionais, do projeto político-pedagógico da escola, dos investimentos( aplicação dos recursos) e avaliação. Com isso, os professores passam a se envolver com questões não apenas de sala de aula, com a questão curricular, mas também tomando decisões em muitas questões administrativas.
O projeto político-pedagógico que outrora era algo que a dministração escolar se incumbia, hoje passa a ser do conhecimento e da colaboração,na sua construção, por todos os professores, o que resulta, certamente, num maior comprometimento desses professores com as metas de ensino propostas pela instituição onde trabalha, esclarecendo dúvidas, apontando soluções.
Analisar a escola como um espço de convívio e os conflitos oriundos desta relação, principalmente entre professor e aluno, também foram foco de nossas discussões, pois tais relações constituem-se de extrema importância para a concretização dos objetivos formulados pelo professor e, em grande parte, para o sucesso do aluno.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ESPAÇO E TEMPO

No primeiro semestre do 2008, trabalhamos com interdisciplinas que abrangiam as questões de tempo e espaço:Estudos Sociais, Matemática, Ciências.
Durante a realização deste semestre percebi o quanto priorizamos determinadas disciplinas na intenção de deixar os alunos mais preparados para a série posterior no que se refere ao domínio dos cálculos e da linguagem.
Quando falamos que trabalhamos questões espaço-temporais, elas estão simplificadas nos cartazes de aniversariantes, ajudantes, datas comemorativas,calendário do tempo, dias da semana.Com isso, os alunos vão apresentando cada vez mais dificuldade em dominar tais noções.
A contextualização das disciplinas se fez possível no momento em que as crianças construíram sua linha de tempo, a trajetória de suas vidas colocando os principais acontecimentos.Desta forma, puderam compreender o que é uma linha de tempo com fatos históricos e sua importância como tal.Utilizando a matemática, realizar cálculos mentais, para analisar a distância entre os períodos históricos, o que aconteceu antes/depois.
As noções direita/esquerda abrangeram também a aulas de Educação Física.
Em Ciências, os ciclos da natureza e os movimentos do Planeta Terra comparados aos movimentos do nosso corpo, resultaram em aulas muito prazerosas.
Trabalhar estas noções com as crianças é levá-los a observar e analisar a ação do homem ao longo do tempo nos diferentes espaços, o homem envolvido em um processo de mudanças, experiências individuais e coletivas,modificando e construindo seu tempo e seu espaço. E que eles, através de suas histórias, constróem um tempo, ocupam um espaço, modificam-o, interagem nele.
Quando temos este tipo de reflexão a respeito de tais questões, percebemos a importância deste trabalho com os alunos, percebendo-os como indivíduos de uma sociedade e construtores de sua história.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A INTERDISCIPLINARIDADE COMO PRINCÍPIO

Ainda relembrando o ano de 2007, recordo que o 2ºsemestre foi "recheado" de surpresas (boas).
Tivemos várias disciplinas extremamente práticas, gostosas, que nos trouxeram muito conhecimento e novidades, sugestões de atividades para serem realizadas com nossos alunos, e que realmente foram realizadas.
Alunos meus do ano de 2007, passam hoje por mim nos corredores da escola e lembram de alguma atividade realizada naquele ano, como no caso do "Natal do Valente Assis", trabalhado na interdisciplina de música, momento em que aproveitamos também para trabalhar atividades de Artes Visuais.
Isso sem falar no teatro que se constituiu num espetáculo à parte com a apresentação da nossa peça teatral: A estrelinha Juju.
Todas estas disciplinas nos foram apresentadas de maneira interdisciplinar, com embasamento teórico e foram extremamente prazerosas.Em muitas delas,principalmente na de Ludicidade, com Tânia Fortuna, parecíamos crianças brincando! A infância é mágica e, durante este semestre, pudemos, em algumas situações, nos reportar à ela.
Outra grande surpresa foi a realização do nosso 1ºportfólio de aprendizagens, nos deixando muito apreensivas, tanto na sua elaboração quanto na sua posterior apresentação, o que representou um grande desafio! Hoje, isso já parece superado, ainda mais se analisarmos que, no momento atual, estamos concluindo o curso e realizando nossoTCC.
Mas confesso que foi o semestre mais gostoso de realizar, pois foi prático, dinâmico, sendo possível sua aplicabilidade direta em sala, chamando a atenção de outras turmas e outros professores da escola.
Também foi o semestre que introduziu o portfólio, nos fazendo parar para refletir sobre nossa caminhada, retomando as habilidades de síntese e análise, da produção escrita, da argumentação, e, por não dizer, da oratória (quando da apresentação)!
Por todos estes motivos, é um semestre para deixar saudades.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

RETROSPECTIVA 2007

Puxando pela memória, relembrando o início do curso de Pedagogia, é inevitável não descrever a angústia que senti no 1º dia de aula.Passada a surpresa de ter sido aprovada no vestibular, lá estava eu, pronta para iniciar minha jornada acadêmica.PRONTA????
Era o que eu imaginava! Porém, era angustiante e pavoroso não compreender e dominar a linguagem tecnológica bem como o uso do computador.Até hoje não compreendo o que me fez persitir.
Sempre gostei de Psicologia e como iniciamos com esta disciplina, sentia-me mais motivada.
As relações entre as colegas de curso e os professores foram se estreitando e fui sentindo mais confiança, fazendo-me perceber que muitas das minhas angústias também eram sentidas por outros.
A condição de sair do analfabetismo digital, ao mesmo tempo que me assustava e me desafiava, trazia uma sensação de superação, de elevação da auto-estima, fator que se tornou imprescindível para a continuidade do curso.
Quando um professor busca maior conhecimento a fim de qualificar seu trabalho, é visto com admiração, com respeito por seus colegas, e estes sentimentos eu comprovava que o grupo de trabalho da minha escola tinha em relação à mim.Sentia-me valorizada.
Voltar à condição de aluna, fez com que a leitura se tornasse, outra vez, um hábito em minha vida.Isso não significa que não lemos nada se não estivermos estudando, porém, de certa forma, somos forçadas à leitura, por exigência do curso, e com muitas delas nos identificamos, fazendo-nos buscar por mais informações.
Quando o 1º semestre terminou, senti-me outra pessoa.Ter superado com sucesso essa fase foi importante para que passasse a acreditar em meu potencial, dando-me motivação para prosseguir.