quarta-feira, 27 de outubro de 2010

ENTRE OS MUROS DA ESCOLA

O semestre 2009/01 para mim, também foi especial, pois ao trabalharmos com a interdisciplina de Psicologia II, descobri o tema do meu TCC:autonomia moral.
Tudo começou quando assisti ao filme: "Entre os muros da escola". Assistir a este filme constitu-ía-se em um procedimento obrigatório para a elaboração do portfólio de aprendizagens do semestre.
Este filme retratava o cotidiano de uma escola pública francesa cujos alunos, na grande maioria eram imigrantes oriundos de países africanos e asiáticos, caracterizando diferentes etnias, uma grande diversidade em sala e, consequentemente, diferentes identidades.
Diante deste "quadro", o filme explorava os inúmeros conflitos que aconteciam na relação professor e aluno, pela convivência diária e pelos princípios morais tanto do professor, como do aluno, envolvidos em cada situação, tendo-se as regras disciplinares como garantia para se manter o equilíbrio e o controle da situação.
Embora sendo uma escola francesa, acredito que todas nós, ao assistirmos o filme, nos identificamos com ele, pensando em todas as situações que vivenciamos nas escolas onde trabalhamos.O cotidiano escolar faz parte de minha vida, pois estou nele há 25 anos!
Ao refazer o portfólio, precisei ler e procurar por mais material, momento em que reli, com mais atenção, com um novo olhar, os textos de nossa tutora de Psicologia e o assunto, autonomia moral me despertou muito interesse.
Foi durante o nosso curso de Pedagogia que, pela 1ª vez, tive contato com este assunto, embora sempre tenha estudado sobre Piaget.
O fato é que na escola, nos preocupamos com o desenvolvimento cognitivo do aluno, nos esquecendo que o desenvolvimento moral também faz parte da aprendizagem, tendo como propósito maior, o pensamento autônomo.
Sabendo-se que as regras se fazem necessárias dentro do convívio social, a disciplina e o respeito à elas se dão no momento em que se tem condições e consciência de refletir e avaliar seu contexto, admitindo-as ou não, o que só é possível com o uso da razão.
Tal disciplina pode se tornar destrutiva quando levada ao excesso, onde a coação exercida não dê margem para a reflexão, criticidade, consciência para a realidade, esclarecimento.
A escola tem como função a formação de indivíduos com consciência de si e dos outros, capacidade de reflexão e criticidade, com atitudes baseadas em princípios morais.

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