quinta-feira, 26 de novembro de 2009

ESCRITA DE TEXTOS

O texto Coesão e Coerência,sugerido para leitura na interdisciplina de Linguagem, além de uma linguagem acessível, nos traz exemplos concretos de produções escritas das crianças e que realmente ocorrem.Estamos acostumadas a ler tantos textos e conhecemos sobre o que as autoras dissertam, porém, ao ler a leitura sugerida, fica ainda mais evidente todas estas etapas pelas quais as crianças passam e o respeito que devemos ter às suas produções.É por este respeito que não vemos mais cartilhas serem usadas nas primeiras séries,as professoras trabalham com as próprias produções das crianças, valorizando o que elas constróem.Uma frase citada no texto chamou-me a atenção em especial:"Em busca do domínio dos recursos da coesão e coerência textual, o texto das crianças têm seus tropeços".Como trabalho com uma 3ª série, percebo bem isso:Falta contextualização, muita repetição como o "e daí"e a dificuldade no emprego dos pronomes.A sugestão dada pelas autoras creio que é seguida em grande parte pelos professores:O contato com variados tipos de texto quer sejam poesias, receitas, contos, crônicas etc, a reescrita dos textos elaborados pelos alunos e a intervenção da professora nesta construção.Penso que a reescrita e a intervenção são fundamentais para que a criança possa dar-se conta de determinados elementos em sua produção.Há coisas que os alunos precisam vivenciar, e trabalhar a questão da escrita, é uma delas.Em minha concepção, alunos de 1ª e 2ª série devem dar vazão ao imaginário construíndo textos com coerência e com riqueza de detalhes.Na 3ªsérie, já é o momento de ir trabalhando algumas questões referentes a coesão,pois é necessário que haja uma evolução em sua escrita.Se a criança foi incentivada a escrever nos 2 primeiros anos, esta tarefa será mais fácil nos anos posteriores.O importante é investir na exploração de diferentes portadores textuais a fim de qualificar as produções dos alunos.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

MÉTODO E ALFABETIZAÇÃO

Finalizando a leitura dos textos sugeridos na interdisciplina de Linguagem, comecei a analisar a diferença no planejamento e no tipo de abordagem realizada com os alunos de alguns anos para cá, principalmente no que se refere à alfabetização.Uma das questões primordiais é a que se refere ao erro do aluno, hoje aceito como uma revelação em seu processo de construção do conhecimento, um processo de atividade constante em que a criança está elaborando hipóteses e alargando seu campo de conhecimento linguístico.Antes da psicogênese da escrita aparecer em nossas vidas "invadindo"as escolas e revolucionando nosso planejamento, aplicávamos um determinado método mas sem entender como as crianças construíam suas hipóteses e as dificuldades pelas quais passavam.Um exemplo bastante simples na construção destas hipóteses, é o fato da criança escrever determinadas palavras que a família ensina, bem como seu nome próprio, de maneira correta, com todas as letras. Tempos depois, com mais idade, frequentando a escola, essa criança começa a escrever as mesmas palavras que escrevia anteriormente,porém, omitindo letras.A família logo imagina que houve um retrocesso.E quem não pode afirmar que isso muito aconteceu nas escolas?Na verdade, este "retrocesso"significa um avanço na construção do seu conhecimento a cerca da língua.Se o professor conhecer o porque da criança pensar de determinada maneira, melhor poderá ajudá-la.O método que se irá utilizar, precisa ter essa compreensão, ou seja, não existe o método ideal, a preocupação maior não deveria o de se buscar por um, mas sim, na minha concepção, idealizar o método pelo qual se irá optar, levando-se em consideração as hipóteses construídas pela criança no seu aprendizado.
Percebo hoje, professoras alfabetizadoras "construindo cartilhas"com seus alunos onde há espaço para diferentes gêneros textuais, brincadeiras, rimas, poesias, trava-línguas, tornando o aprendizado da leitura e escrita muito mais prazeiroso.
Como bem afirma Magda Soares:"O fundamental é mesmo gostar de alfabetizar e assumir a alfabetização como uma opção pessoal".